A todo e qualquer momento decidimos. Decidir é uma ação inerente à vida racional de todo o ser humano. E se em muitos momentos dos nossos dias decidimos quase instintivamente, como um ato mecanizado, já noutros a ação não é tão simples, tão automática, tão óbvia. Nestes somos obrigados a parar, a reflectir, a ponderar, a intuir. Quanto mais divergem as opções que estão em jogo mais vacilamos, criamos cenários, procuramos respostas que não se encontram no vazio, queremos certezas, garantias e esquecemo-nos que a vida não funciona assim. Esquecemo-nos que somos nós que temos de assumir em pleno a decisão, tal como todas as consequências que dela ocorrerem e não atribuir à vida tamanha responsabilidade. E é esta a parte difícil, dolorosa... aceitar que a decisão, a nossa decisão, seja ela qual for, poderá não ser a expectável, poderá trazer momentos de angústia, dúvidas, momentos que não desejamos.
Por outro lado sabemos que tudo na vida, na natureza é uma interminável sequência de ciclos. Ciclos com tempos certos para que tudo possa acontecer em tempo útil. A vida acontece nos e pelos ciclos. Aceitar as mudanças que os ciclos nos proporcionam é estar sintonizado com a vida, é percorrer o caminho gozando e usufruindo do melhor que ela nos vai proporcionando.
Perceber e aceitar o final de um ciclo poderá ser a estratégia que facilite a tomada de uma determinada decisão. No mínimo será de certo o que partilhará connosco a responsabilidade da nossa decisão. No entanto, e optando por um final de ciclo, uma decisão de mudança, o caminho será outro. E como qualquer caminho terá muito para oferecer mesmo que diferente do que estaríamos porventura à espera. Há que ver sempre o copo meio cheio.
Acreditar que pode vir a ser um percurso diferente, um novo ciclo, um desafio cheio de projetos do coração, um novo caminho traçado na zona de (maior) conforto, uma vida redesenhada com fé, muita fé...é meio caminho para uma boa decisão.
Que 2014 seja um bom ano para todos nós.
Que 2014 seja um bom ano para todos nós.